Com contrato renovado, Plínio diz "só algo espetacilar" o tiraria do Belo

O zagueiro Plínio está de férias. Um descanso merecido após uma temporada extenuante na qual disputou quatro competições pelo Botafogo-PB, a maior parte delas como titular e com a faixa de capitão no braço. E ele está tranquilo. De contrato renovado com o clube paraibano, vai ficar por pelo menos mais uma temporada em João Pessoa. É onde queria estar, ele garante. Identificado com a torcida e determinado a conseguir em 2017 o que ficou faltando ao Belo neste ano: títulos e, principalmente, o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.

Plínio, Botafogo-PB (Foto: Cadu Vieira / GloboEsporte.com)Plínio fica ao menos mais um ano por João Pessoa (Foto: Cadu Vieira / GloboEsporte.com)

 

Depois de uma temporada inteira na qual teve a confiança do técnico Itamar Schülle, se tornou titular absoluto na zaga, ganhou a condição de capitão e conquistou a empatia dos torcedores, Plínio queria continuar no clube por mais um ano. Como que para dar continuidade ao projeto botafoguense de subir de série. Ou como agradecimento à torcida, ao clube e à cidade, que lhe acolheram tão bem. O fato é que ele faz questão de destacar o quanto está feliz em renovar com o Belo, de onde só sairia, segundo ele, se fosse por um motivo extraordinário.

Eu só sairia do Botafogo se fosse uma coisa espetacular. Meu interesse, sem dúvida, era ficar no Botafogo, até pela identificação com a torcida, com o time"
Plínio, sobre a renovação
com o Botafogo-PB

- Feliz. Feliz por ter renovado. É uma coisa que eu queria, é um lugar onde eu me dei muito bem. Eu só sairia do Botafogo se fosse uma coisa espetacular. Meu interesse, sem dúvida, era ficar no Botafogo, até pela identificação com a torcida, com o time. E após a renovação eu conversei com Itamar Schülle, ele me deu os parabéns pela renovação, disse que contava comigo para a próxima temporada. E eu estou feliz por ter ficado - comentou o zagueiro.

Plínio chegou ao Botafogo-PB no final de 2015, vindo do Sampaio Corrêa, onde era muito bem conceituado. Tinha status de ídolo até. Precisaria reconquistar tudo isso, agora com a camisa do Belo. Foi aos poucos que construiu sua credibilidade no novo clube. Chegou a balançar na posição, quando uma lesão no ombro o afastou de alguns jogos ainda no início da temporada. Mas voltou ao time, deu continuidade ao trabalho e se tornou quem é hoje: o xerife da zaga alvinegra.

Faltaram os títulos, é bem verdade. Na Copa do Nordeste, quando o time ainda estava sendo montado, sequer passou da fase de grupos. No Paraibano, a queda veio na final contra o Campinense, e o vice-campeonato foi menos do que a torcida estava esperando. Mas o time já estava maduro no segundo semestre. Com Plínio sendo um dos líderes em campo. 

Gol, Plinio, Botafogo-PB, comemoração (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)Um dos pontos altos de Plínio no Botafogo-PB foi quando marcou dois gols contra o Ceará pelas quartas de final da Copa do Brasil
(Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)

Na Copa do Brasil, competição da qual o Belo nunca havia passado da segunda fase, o time chegou às oitavas de final, sendo eliminado apenas pelo Palmeiras, líder da Série A do Brasileirão. E na Série C, onde a equipe tinha o seu principal objetivo, que era conquistar o acesso, a boa campanha na primeira fase fez a torcida acreditar que a meta seria alcançada. O time estava imbuído em chegar à Série B. E não fosse um gol aos 50 minutos do segundo tempo do jogo do acesso, talvez a realidade fosse outra. Realidade que Plínio acredita que vai ser a de 2017.

- Espero que no ano que vem possa vir o acesso. Não veio neste ano. Perdemos o acesso aos 50 minutos do segundo tempo contra o Boa. A gente ficou triste, abatido, por não ter conseguido esse tão sonhado acesso, já que todo mundo da Paraíba esperava por isso, todo torcedor. Mas saímos de cabeça erguida da competição. Foi uma campanha linda que fizemos no ano todo. No estadual, na Copa do Brasil e na Série C, o time foi sempre muito bem. Então, acho que deixamos esse legado para o torcedor.

E Plínio sempre esteve em evidência nos momentos altos do time na temporada. Seja com a firmeza na marcação ou na orientação aos demais companheiros. Seja no pulso firme como capitão ou na técnica apurada para sair jogando, sem chutões. E até mais que isso. No jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, por exemplo, ele foi além. No melhor estilo "homem de área", mas lá na frente, marcou dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Ceará, no Almeidão.

Fomos um time aguerrido, que resgatou o brio do torcerdor em ter orgulho de falar que torce para o Botafogo" 
Plínio, zagueiro do Belo

Mas ele faz questão de dividir todo o mérito da boa temporada com os companheiros de time. Não apenas quanto ao aspecto técnico, mas principalmente o que foi conseguido fora de campo. Na opinião do jogador, uma das principais conquistas do grupo pôde ser vista fora das quatro linhas, nas arquibancadas, em meio aos torcedores.

- Fomos um time aguerrido, que resgatou o brio do torcedor em ter orgulho de falar que torce para o Botafogo. Então eu me sinto muito feliz por ter renovado e espero que 2017 possa ser ainda melhor que 2016 - finalizou o zagueiro.

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Plínio, zagueiro do Botafogo-PB (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)Plínio conquistou o carinho da torcida botafoguense com boas atuações e muita entrega em campo com a camisa alvinegra (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)

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